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Mercado imobiliário de Jundiaí mostra recuperação

 
Mercado imobiliário de Jundiaí mostra recuperação Mercado imobiliário de Jundiaí mostra recuperação

Estudo do Secovi-SP aponta 1.291 unidades lançadas e 933 vendidas entre outubro de 2019 e setembro de 2020


A PROEMPI (Associação de Empresas e Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí e Região) e o SECOVI SP promoveram na terça-feira, 1/12, o Encontro do Mercado Imobiliário para apresentar as análises e os números do Mercado Imobiliário e da Construção Civil de Jundiaí. O Estudo, realizado pelo pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, foi apresentado por Eli Gonçalves, vice-presidente de Marketing e Inteligência de Mercado. O presidente da PROEMPI, Paulo Oliva, o vice-presidente do SECOVI SP para o Interior, Frederico Marcondes, e o vice-presidente de Administração e Comercialização Imobiliária, Carlo Eduardo Quadratti também participaram da apresentação, que foi por videoconferência pela Plataforma Zoom, com pico de participação de 60 pessoas.


O presidente da PROEMPI, Paulo Oliva, lamentou a impossibilidade de promover o evento presencialmente. "Infelizmente não podemos nos reunir pessoalmente, como sempre fizemos nesta mesma época a cada ano. O público que acompanhou veio coroar todo o esforço deste setor que, assim como os demais, sofreu nesta pandemia. mas como todo empresário é um otimista por natureza, arrisco dizer que estamos nos recuperando", comentou Paulo, lembrando que há duas semanas, Jundiaí foi destaque no Ranking de Competitividade dos Municípios, ocupando a 13ª posição no país, e na 3ª posição na região sudeste, ficando atrás somente das cidades de Vitória e Santos. "Esse ranking reflete a qualidade de vida na cidade, investimentos e a força da economia local que são a mola propulsora para o mercado imobiliário e da construção civil", avaliou.


De acordo com o Estudo do Mercado Imobiliário de Jundiaí, foram lançados 1.291 imóveis entre outubro de 2019 e setembro de 2020 na cidade. O resultado foi 2,3% superior ao apurado entre dezembro de 2018 e novembro de 2019, quando os lançamentos totalizaram 1.262 unidades. No acumulado de 12 meses (outubro de 2019 a setembro de 2020), as 933 unidades comercializadas representaram uma redução de 10,8% em relação ao intervalo de dezembro de 2018 e novembro de 2019, com 1.046 unidades negociadas. Cabe destacar a mudança de periodicidade do estudo que, até então, era realizado entre os meses de dezembro e novembro do ano subsequente.


O VGV (Valor Global de Vendas) movimentado no período analisado totalizou R$ 264,3 milhões, volume 34,9% inferior ao registrado entre dezembro de 2018 e novembro de 2019, quando atingiu a marca de R$ 406,1 milhões. Em termos de estoque, Jundiaí encerrou setembro de 2020 com a oferta final de 999 unidades disponíveis para venda, volume maior do que o observado no levantamento de novembro de 2019, quando foram registradas 555 unidades não comercializadas. Esta oferta é formada por imóveis na planta, em construção e prontos lançados nos últimos 36 meses (outubro de 2017 a setembro de 2020). Nos 12 meses do estudo, o indicador VSO (Vendas Sobre Oferta) - que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas - ficou em 48,3%, abaixo do índice de 65,3% apontado no intervalo entre dezembro de 2018 a novembro de 2019.



DORMITÓRIOSOFERTA ANTERIOR LANÇAMENTOS VENDASOFERTA FINAL VSO (%)
1 Dorm (econômico)0000***
1 Dorm0000***
2 Dorm (econômicos)1944724122551,7
2 Dorm 27916517227238,7
3 Dorm 312679 50448750,9
4 Dorm3101615 51,6
Total6411.29193399948,3

Os imóveis de 3 dormitórios destacaram-se em quase todos os indicadores, entre outubro de 2019 e setembro de 2020, registrando a maior quantidade de lançamentos (679 unidades), de vendas (504 unidades), de oferta final (487 unidades) e valores (VGV de R$ 176,2 milhões). Os imóveis de 2 dormitórios econômicos tiveram o melhor desempenho de comercialização, com VSO de 51,7%, praticamente o mesmo verificado em imóveis de 4 dormitórios (VSO de 51,6%) e de 3 dormitórios (VSO de 50,9%).


Cenário - Segundo Eli Gonçalves, vice-presidente de Marketing e Inteligência de Mercado da Proempi (Associação das Empresas e Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí e Região), entidade que representa o Secovi-SP em Jundiaí, o setor teve um empate com sabor de vitória neste último ano. "O desempenho do mercado, em termos de lançamentos e vendas, foi semelhante ao de 2019. Mas com um agravante, a inédita pandemia global, que afetou as vendas, especialmente no segundo trimestre deste ano", afirma. Gonçalves, no entanto, ressalta uma importante mudança no mix de vendas. "A participação dos imóveis de 3 dormitórios nas vendas passou de 35%, em 2019, para 54% este ano, e com uma velocidade de venda praticamente igual à de unidades de 2 dormitórios econômicos." Para o diretor, o confinamento e os preços convidativos da cidade despertaram o interesse dos compradores para um imóvel que proporcionasse mais conforto.


Faixa de Área Útil - Imóveis com metragens entre 45 m² e 65 m² de área útil lideraram, entre outubro de 2019 e setembro de 2020, em termos de vendas (396 unidades) e de oferta final (487 unidades). Entre 65 m² e 85 m², os destaques ficaram com os lançamentos (613 unidades) e os valores (VGV de R$ 99 milhões). O melhor desempenho de vendas foi o de imóveis entre 85 m² a 130 m², com VSO de 80,1%.


Faixa de Preço - Os imóveis com preços entre R$ 230 mil a R$ 500 mil foram destaque em quase todos os indicadores, no período de outubro de 2019 a setembro de 2020. Registraram a maior quantidade de lançamentos (778 unidades), de vendas (396 unidades), de valores (VGV de R$ 116,8 milhões) e de oferta final (721 unidades). Em termos de VSO, o destaque ficou por conta das unidades entre R$ 500 mil e R$ 750 mil, com índice de 78,5%.


Período de 36 meses - Considerando-se todo o período do estudo em Jundiaí, de outubro de 2017 a setembro de 2020, os lançamentos totalizaram 3.365 imóveis residenciais, dos quais 2.366 unidades foram comercializadas - ou seja, 70,3% dos imóveis ofertados ao longo dos 36 meses analisados. As vendas atingiram um montante de R$ 631,9 milhões. O produto que mais se sobressaiu no período, em lançamentos e vendas, foi o de imóveis de 3 dormitórios, com metragem de até 65 m² de área útil e preço entre R$ 230 mil e R$ 500 mil.


Preço médio - Em setembro de 2020, o preço médio de venda por metro quadrado dos imóveis residenciais na cidade foi de R$ 4.540,00 para 2 dormitórios, R$ 4.693,00 para 3 dormitórios, e R$ 6.213,00 para 4 dormitórios. Os valores médios praticados de venda dos imóveis no período analisado de 36 meses (outubro de 2017 a setembro de 2020) foram: R$ 209.438,00 (2 dormitórios econômicos), R$ 263.668,00 (2 dormitórios), R$ 403.716,00 (3 dormitórios econômicos), R$ 876 mil (4 dormitórios).


Loteamentos - Os loteamentos também estão contemplados no estudo, a partir do levantamento do número de projetos aprovados no Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo) nos últimos anos. Nos nove meses de 2020, foram protocolados 352 projetos de loteamentos no Estado, ante os 472 formalizados em 2019. Jundiaí teve um projeto aprovado no Graprohab em 2020, totalizando 56 lotes previstos. No ano passado, foram 4 aprovações, com 757 lotes.


A Região Administrativa (RA) de Campinas, onde Jundiaí está inserida ao lado de 89 municípios, registrou 64 aprovações nos primeiros nove meses deste ano, com 21.647 lotes programados. "Durante o período de isolamento social, o lote foi um dos produtos mais desejados por quem estava interessado em morar no Interior ou ter uma segunda moradia. A proximidade de Jundiaí em relação à Capital é um diferencial e torna a cidade ainda mais atrativa para investimentos", analisa Eli Gonçalves, que tem boas perspectivas para o setor em 2021, com um mercado mais resiliente às possíveis adversidades.


NOVO NORMAL - O que se observou nesta pandemia que as pessoas estão buscando aquilo que ficou escasso na pandemia. "Áreas descobertas, locais para brincar e treinar, sol e mais contato com a natureza. Estamos vivendo novos tempos, com pessoas e empresas ressignificando suas vidas e operações: comprando por necessidade e não por desejo ou ostentação. O mercado imobiliário precisa estar atento a estas mudanças que vão impactar no tipo de imóvel que deverá ser oferecido", comentou Eli Gonçalves, lembrando a questão do home office que, para muitas empresas, veio para ficar.


Para o vice-presidente de Marketing e Inteligência de Mercado, o novo normal é um amplo movimento de mudança de valores e comportamento. "Tudo isso não foi provocado pela pandemia, mas foi potencializado por ela, resultando num novo mindset da sociedade e, com isso novos gostos, novas exigências e novas atitudes", completou.


Ao comentar sobre as perspectivas do mercado imobiliário para 2021, Frederico Marcondes, destacou as motivações das pessoas ao decidirem comprar um imóvel. "Imóvel é um ótimo investimento e o aumento das vendas vem sendo motivado pelo constante aumento da demanda (crescimento da população, casamentos, divórcios, etc.); novas necessidades de moradia das famílias (upgrade e downgrade de imóvel); as pessoas compram para moradia ou locação e para investir e fazer reserva de valor", listou.


Em defesa do interior paulista, Frederico explicou que nos últimos anos, o PIB Interior Paulista representou em média 66% do PIB do Estado de São Paulo. "O interior paulista gera atratividade por oferecer menor custo de vida (aquisição, locação, alimentação); melhor qualidade de vida (segurança, mobilidade urbana); mão-de-obra especializada (universidades, parques industriais de alta tecnologia); fácil acesso às principais rodovias, portos e ferrovias do Estado; menor custo de instalação para as empresas (incentivos e isenções)", avaliou.


Para as empresas que atuam no mercado imobiliário e da construção civil, Frederico explicou que há muitas oportunidades no interior paulista. "A média de 203 mil casamentos e 50 mil divórcios por ano; há um déficit habitacional estimado para o interior paulista de 924 mil domicílios; crescimento vegetativo da população;

análise da pirâmide etária - idade do consumo 20 - 39 anos (33% da população); e o PIB do interior que confere mais qualidade de vida e mais opções para investimento", reforçou Frederico sobre as perspectivas para 2021 de novos negócios para o segmento.


Para baixar a apresentação de Frederico Marcondes sobre as Perspectivas do Mercado Imobiliário para 2021, clique aqui.


Cíntia Souza - Assessoria de Comunicação PROEMPI, com informações do SECOVI SP

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